PFS
Visão geral
O PFS/SuMIRe (Prime Focus Spectrograph for the Subaru telescope) é um projeto envolvendo diversas instituições japonesas (lideradas pelo IPMU da Univ. de Tóquio), as universidades de Caltech, Princeton e Johns Hopkins nos E.U.A., o Laboratório de Astrofísica de Marselha na França, e, no Brasil, a USP e o LNA (Laboratório Nacional de Astrofísica).
Esse instrumento será capaz de tirar 2400 espectros em cada apontamento do telescópio Subaru, na região do óptico e do infravermelho próximo. Os objetivos são mapear a formação das primeiras estruturas no universo e a formação das primeiras galáxias a altos redshifts.
O projeto PFS do Subaru Measurement of Images and Redshifts (SuMIRe) tem sido fortemente apoiado pela comunidade japonesa, que enxerga nesse projeto um dos principais futuros instrumentos do telescópio Subaru de 8.2 metrosem Mauna Kea, Havaí. Esse espectrógrafo óptico/infravermelho próximo é um instrumento multi-fibras com foco em cosmologia e levantamentos de galáxias, arqueologia galáctica e estudos de evolução de galáxias e AGNs (Núcleos Ativos de Galáxias, que acredita-se tratar de buracos negros supermassivos).
Aproveitando o campo de visão amplo do Subaru, que será estendido com o Wide Field Corrector recentemente concluído, o PFS nos permitirá realizar espectroscopia com multi-fibras de 2400 alvos, dentro de um campo de visão com 1,3 graus de diâmetro. Uma microlente está acoplada a cada entrada de fibra para corrigir a razão focal (#F-ratio). As fibras são precisamente colocadas nas posições de destino por posicionadores, que consistem de dois braços robóticos com motores piezo-elétricos. A posição de cada fibra é corrigida através de iterações usando uma câmera de metrologia de amplo campo de visão.
As fibras então carregam a luz dos objetos observados para um conjunto de quatro espectrógrafos tipo fast-Schmidt idênticos, cada um cotando com três braço para cada uma das faixas de cor — azul, vermelho e infra-vermelho próximo. Desse modo, comprimentos de onda desde 3800 A até 13000 A serão simultaneamente observados, com um poder de resolução médio de R~3000.
Desse modo, antes e durante a era dominada pelos telescópios extremamente grandes (ELTs), o PFS vai proporcionar uma capacidade única de captar espectros de 2400 alvos cosmológicos/astrofísicos simultaneamente, com um telescópio de classe mundial de 8-10 metros.
Os colaboradores do projeto PFS são liderados pelo IPMU, e consistem em USP/LNA no Brasil, Caltech/JPL, Princeton, & JHU nos EUA, LAM na França, ASIAA em Taiwan, e NAOJ/Subaru.